
Sempre acostumei dizer que tenho mais fases que a lua. Mas ultimamente, devido as circunstâncias, percebo que não.
Se desenhar em meu caderno uma linha do tempo, poderei constatar que já fui extremamente tímida (na infância), que fui “rebelde” na adolescência (ou que pelo menos tentei ser haha) , fui roqueira (daquelas que só ouvem rock e mais nada) , experimentei um pouco de popularidade na faculdade…
E , como adulta, sou resultado de todas as experiências que essas fases me proporcionaram. Muita coisa mudou, mas a minha essência permaneceu. Querendo ou não a adolescência é a fase da aceitação, procuramos ainda por nossa identidade. Eu passei por isso e você também vai passar.
Me surpreende pessoas que já estão em idade adulta e continuam com atitudes de quando eram adolescentes. Nem falo sobre continuar gostando de coisas na adolescência, mas sim de ficar interpretando papéis o tempo todo, de não ter personalidade própria.
Uma hora você se pega pensando em coisas que fez no passado e percebe o quão supérfluas elas eram. Porém, todo esse processo é importante para determinar uma personalidade única, aquilo que a gente é mesmo, sem retoques, sem fantasias. Hoje eu compreendo que não adianta fazer ou falar coisas que não gosto para agradar os outros, quem gostar de mim vai gostar pelo o que sou e não pelo que finjo ser e quem me odiar será por esse mesmo motivo. E me orgulho muito de poder dizer isso.
Ainda estou escrevendo a minha história então podem surgem novos capítulos, novas experiências, e talvez amanhã eu leia esse texto e perceba que já mudei mais coisas, mas o importante é saber o que se deve mudar e o que deve permanecer na nossa vida. Embora eu odeie comparações, permito-me comparar o que já fui e posso dizer que hoje sou uma versão melhorada de mim mesma.
Tão. Puro. Incrível!
Muito obrigada. Fico feliz que tenha passado essa sensação para você. :*