
Todos os dias de chuva me fazem lembrar de épocas importantes em minha vida, algumas quando a chuva era só lá fora, outras vezes , quando era dentro de mim.
Para resolver os problemas, bastava um rádio ligado no último com as músicas mais melancólicas dos últimos tempos. E um papel para desabafar.
As coisas pareciam ser tão intensas, os problemas tão grandes e eu tão pequena e despreparada.
Dava vontade de gritar, mas o grito saia rouco, sem força. Dava vontade de sair correndo até que os problemas estivessem a milhas de distância.
Acho que toda garota passa momentos de sofrimento “existencial” , afinal quem sou eu nesse mundo gigante? Um pequeno pontinho, perdido no meio dos outros e nada mais.
“Apenas mais um na fila do pão”.
Demora um tempo, mas um dia a gente acaba se encontrando e percebendo que não importa quem você é na fila no pão, se é o invejado primeiro da fila ou o coitadinho lá do final. Afinal o que é uma fila? Senão algo passageiro assim como a vida, pode durar um minuto ou muitos deles.
E na real não importa muito como você irá passar por ela, mas sim a forma como você encara essa situação. Lembrando sempre que o primeiro da fila pode já ter sido o último e o último um dia será o primeiro. Você pode ser o mal-humorado da fila ou aquele que “não está nem aí”. Se você não levar tão a sério assim você irá se divertir muito mais!
Sim, é clichê daqueles mais sem vergonha, mas a verdade é que assim a gente cresce, amadurece e todas aquelas coisas ruins que aconteceram te tornam uma pessoa mais experiente e forte. E um dia os problemas se tornam pequenos perto da grande pessoa que você se transformou.