
Insegurança. Eis o meu maior pecado.
Minha mãe é uma ótima pessoa, a melhor que conheço. E ela me ensinou diversas coisas, todas com um simples intuito maternal: tornar-me uma pessoa feliz. Ela me ensinou a ser solidária com a dor dos outros, ser compreensiva, ser boa. Ela é fã daquele ditado que diz: “Não faça aos outros aquilo que não quer para si.” E eu concordo com a minha mãe.
Porém colocar-se tanto no lugar nos outros, traçou uma característica delicada da minha personalidade: a insegurança. Medo de magoar os outros, medo do que os outros irão pensar, medo dos outros. Mas cansei de viver a vida de acordo com os outros, quero viver a minha própria vida, do meu jeito, mesmo que não seja do jeito certo.
As vezes sinto raiva de mim, pois a insegurança me impede de realizar uma infinidade de coisas. Inclusive de me defender quando sou injustiçada. Ou de tentar algo novo.
Não gosto de mudanças, embora admito que me adapto bem à elas.
Já fui extremamente tímida, daquele tipo que não quer ser notada de jeito nenhum. Graças à Deus, mudei muito de uns tempos para cá. O trio “ADE” colaborou bastante para essa mudança: A idade, a maturidade e a faculdade. Conhecer pessoas diferentes me ajudou a deixar um pouquinho de lado a vergonha.
Sei que o medo, muitas vezes, é um dispositivo de segurança que nos salva de momentos perigosos. Porém, não dá para ficar com medo a vida inteira. E a cada dia me sinto mais liberta deles.
Tento superar esses receios, essas inseguranças. Sei até onde vão os meus limites, mas resolvi abandonar os medos bobos e ver onde vai dar. E estou com os dedinhos cruzados , apostando todas as fichas em mim, torcendo para que tudo dê certo. Vai dar certo. Tem que dar.