Se for dono da imagem, avise que darei os créditos 😉
Esse tema me fez refletir muito.
Porque embora eu admire pessoas corajosas eu nunca me achei uma.
Hoje eu penso que a força que uma palavra tem, depende do sentido que você dá à ela.
Dessa forma, uma palavra como coragem, por exemplo, não seria apenas aquilo que o dicionário diz dela, mas sim aquilo que você entende dessa palavra.
E, eu entendo que coragem é você ser dono de suas próprias escolhas, sem se importar com o que você achar disso e saber lidar com as consequências disso.
Pensando assim, tive vários atos de coragem:
Fui corajosa quando me neguei a experimentar drogas;
Fui corajosa quando fui atrás dos meus sonhos, mesmo as pessoas falando que não valeria à pena;
Fui corajosa ao perdoar pessoas que não mereciam nem que as olhasse nos olhos;
Fui corajosa por ter feito minhas próprias escolhas e fui muito feliz na maioria delas.
Espero a cada dia mais superar meus medos e ter força para realizar meus sonhos, no fim das contas, todos os nossos atos de coragem começam ao levantar da cama.
“Um passo à frente e você não está no mesmo lugar. ”
(Chico Science)
Estou bem atrasada, mas não poderia deixar de fazer esse post, com esse tema tão especial. É o tema da blogagem coletiva de abril do Projeto Vai um Café. (O próximo post será da postagem deste mês, ok?
No sábado, dia 20, eu fiz aniversário. Completei 26 anos. Vinte e seis, meu Deus!
Os posts eram para ter saído no sábado, mas não deu tempo, então dois dias depois aqui estou eu ! \õ/
Ano passado fiz três posts de aniversário: um com um texto, outro com 25 episódios que aconteceram em meus 25 anos e outro com uma playlist. Esse ano vai ter um post só com tudo junto: fatos, texto e playlist. 🙂
26 fatos em 26 anos
Tenho uma irmã 12 anos mais velha que eu e um irmão 1 ano e nove meses mais novo (minha mãe descobriu que estava grávida dele no dia do meu aniversário de 1 ano :p)
Sempre tive dificuldade com as disciplinas de exatas, exceto física;
Eu não tenho uma cor preferida;
As pessoas costumam falar que eu sou muuuito alta, quando na verdade eu só tenho 1,71m de altura;
Eu não tenho medo de envelhecer;
Apesar disso, tenho medo de morrer (ok, sei que não dá para evitar e blábláblá, mas tenho medo, fazer o que…)
Não sei contar piadas (não consigo memorizá-las)
Adoro aprender coisas novas!
Adoro ensinar 😀
Adoro ajudar as pessoas
Sou péssima com trabalhos manuais (mas adoraria saber fazer uns artesanatos #humanasever :P)
Sou enjoada para comer, não gosto de comidas muito diferentes (passaria fome no Japão)
Não tomo Coca-cola
Sou péssima em esportes;
Sou destrambelhada;
Amo cantar, sou uma péssima cantora;
Amo lugares com água: rios, piscinas, etc…;
Nunca alisei meu cabelo com progressivas, apesar de já ter alisado com a chapinha sempre gostei dos tonhonhoíns;
Os meus sonhos costumam ser tão realistas que, às vezes, quando eu acordo fico confusa se aquilo foi real ou não :s
Por falar em sonhos, já tive sonhos que se tornaram mesmo reais (sonhei antes de acontecer, bizarro eu sei);
Amo miniaturas;
Amo objetos antigos;
Não me importo de usar roupas fora de moda;
Amo maquiagem, mas no dia a dia gosto de estar sem maquiagem nenhuma :s
Sou muito sensível;
Sou persistente quando quero alguma coisa.
Sobre os 26 anos…
Eu queria escrever algo bonito, novo e diferente…
Mas acho que o post do ano passado continua definindo bem a pessoa que me tornei com todos esses anos.
Só acrescentaria que, esse ano, mais uma vez minha fé foi/está sendo posta em prova. Mas que dessa vez, estou conseguindo passar por isso um pouquinho mais tranquila.
Esse ano estou aprendendo a fortalecer a minha espiritualidade, a procurar manter meu equilíbrio emocional ( que ficou meio abalado esses tempos, o que prejudicou até a minha saúde).
Continuo me sentindo grata por ter chegado até aqui.
Como eu já cansei de dizer, sou sonhadora, mas estou aprendendo a manter meus pés mais no chão.
E, é isso. Que Deus abençoe essa minha nova idade. ♥
*Se você for o dono dessa imagem, avise-me que darei os devidos créditos 😉
Essa noite eu tive um sonho estranho. O cenário era digno de filme. Eu estava deitada entre as flores de um jardim gigantesco.
Eu olhava para o céu. O dia estava bem ensolarado do jeito que eu gosto. Uma fresta de luz do sol, atravessava algumas nuvens que estavam no céu. Eu vestia o meu vestido florido de flores roxas, usava um colar com um pingente de “trevo de quatro folhas” e estava descalça. “Nossa, a quanto tempo eu não ficava descalça?” pensei eu. Passei os pés no chão e senti a terra entrando por entre os meus dedos e senti que arranquei alguma flor sem querer. O cheiro ali era maravilhoso: cheiro de terra, cheiro de flor, cheiro de vida.
Levanto e passando as mãos sobre os cabelos, sinto que algumas flores se enroscaram nos meus cachos. Sorrio. Eu me sentia bem ali e nem me importava muito com vaidades bobas. Fechei os olhos e respirei fundo. “Ar puro”que maravilha! Se realmente existe um paraíso, esse lugar chegava bem perto.
Fui me levantando devagar e fiquei parada por um tempo observando toda aquela cena. Era de uma beleza tão grande, que nem encontro palavras para descrevê-la.
Eu fiquei por um bom tempo ali sentada. Observando tudo ao redor.
Até que me parei pensando qual o motivo de eu estar ali. Provavelmente eu procurava uma evasão do mundo real. Um momento só meu. Um tempinho não fazendo nada, porém o nada significava muito.
Gosto de um tempinho, deitada no chão olhando para o céu, esses momentos me fazem refletir sobre alguns dilemas existenciais. O ruim de virar adulta é que esse tempo para não fazer nada é bem curto ou até mesmo inexistente. E vamos guardando tantas coisas dentro da gente e é difícil ficar sem tempo para explodir ou para pensar sobre as coisas com mais calma. Quando encontram tempo para o nada, os adultos geralmente substituem o céu azul (ou o estrelado) por um teto branco e sem graça. Tudo bem que não é a mesma coisa, mas ajuda assim mesmo.
Desde criança sempre fui muito curiosa. E sempre senti a necessidade de conhecer o mundo e de entender coisas que até então eram inexplicáveis. Por sorte, os adultos da minha família tinham paciência comigo e tentavam me ajudar a compreender melhor o lugar onde eu estava.
Criei muitas teorias, mas nenhuma concreta demais. Sou sonhadora e tenho costume de exagerar nas coisas. Desta forma, as minhas explicações eram bem fantasiosas (algumas ainda são).
Não sei porquê, mas senti que todos esses meus sentimentos e curiosidades me levaram até ali.
Eu levantei e fui caminhando com cuidado entre as flores. Vi uma pequena cabana, simples, feita de barro e coberta com palha. Cheguei bem pertinho da porta verde que tinha na frente da casa, joguei meu tronco levemente para frente e dei três batidinhas leves.
–Olá, tem alguém aí?
Pude ouvir passos lentos e arrastados se aproximando, dou espaço para que abram a porta.
Neste momento, vejo um homem de estatura bem baixa, velho, encurvado e apoiado em um galho grosso de árvore que lhe servia como bengala. Ele tinha um cabelo branco e comprido e uma barba, também branca, ia até a altura de seu peito.
Por um momento nos olhamos em silêncio. Antes que eu diga qualquer coisa ele, com sua voz frágil e rouca, diz:
— Olá, eu estava esperando por você. Entre!
Fiquei com um pouco de receio, confesso. Mas aquele homem me trazia tanta paz que acabei entrando sem questionar. Lá dentro ele começou a falar vários episódios da minha vida, coisas que só eu sabia. Se eu fiquei assustada? Muito!
— Como o senhor sabe disso? — Falei com os olhos arregalados.
— Eu sei sobre bastante coisas , sabe? E você não é a primeira menina que chega aqui com tantas dúvidas.
Menina. Ah, como é difícil ouvir alguém me chamar assim…
Comecei a fazer um monte de perguntas e ele ouviu todas em silêncio. Eu perguntava, perguntava e nada. Ele continuou ali, estagnado. “Seria mais fácil conversar com uma estátua”- pensei.
Ele me olhou serenamente e sorriu, formando linhas profundas em volta dos olhos. E, calmamente, me respondeu :
— Não existem fórmulas. A maioria das que você já ouviu estão erradas. Aquelas que você inventou, para si e para os outros, estão erradas. Existem muitos mistérios que permeiam nossa existência. E alguns mistérios estão acima do que nos é permitido conhecer. Outras respostas que você tanto procura estão mais próximas do que imagina. Não há jeito certo ou errado de viver. Quer saber a chave de parar o tempo? Está dentro do seu coração.
*Musiquinha para ouvir depois de ler o texto: Clique aqui 🙂
P.s.: Esse texto está há um bom tempo guardado nos rascunhos e minha inspiração veio de um projeto que o meu amigo Lucas (Palhão) desenvolveu em seu blog, as “quartas-feiras criativas”. Que foi um projeto muito bacana e que eu adorei participar. Na época, não consegui desenvolver a história, mas ela ficou guardadinha, esperando o momento certo, em que eu tivesse segurança de postar. 🙂
A mulher é como uma lagarta, que até tem uma vida legalzinha, mas que sabe que pode ser muito mais. Até que um dia ela engravida. E é aí que a mágica começa. O nosso casulo é nossa barriguinha. E dentro dele a cada dia cresce um outro ser. Nem sempre é confortável ou agradável, é uma mistura de sentimentos bons e ruins. Mas a partir do momento que você entende que depois do casulo virá uma nova vida, as coisas tornam-se um pouquinho mais simples.
Quando vamos nos tornar mãe passamos por uma espécie de cursinho preparatório. Em nove meses nos preparamos para a chegada do nosso filho. Nove meses para entender que a sua vida mudará para sempre, muitos “mais”são acrescentados a nossa história: mais responsabilidades, mais preocupações e alguns menos também menos tempo livre, menos tempo no banho… Mas mesmo assim, o amor transborda!
E depois de toda essa metamorfose a mãe vira uma linda e experiente borboleta. De todas as metamorfoses que uma mulher passa na vida a mais grandiosa delas é quando se torna mãe.
“Mãe, uma palavra tão pequena com um significado tão grande.” ❤