
Em 2011 tive umas experiências complicadas de vida, que desestabilizaram o meu equilíbrio emocional.
Depois de várias noites sem dormir direito, pedi para Deus que me confortasse, que aliviasse o meu desespero. Pela primeira vez na vida li a Bíblia de verdade. E foi difícil interpretar a mensagem de Deus para mim, mas finalmente compreendi que: Tudo tem começo, meio e fim. E, algumas coisas precisam ter fim para que outras novas possam surgir.
Encarei os problemas como um meio que chegaria a um fim para depois vir um novo começo. Que meu coração sonhador torcia para ser bom.
Depois disso, aprendi a valorizar a vida e agradecer pelos dias bons e ruins. O que é bom vira memória e o que é ruim, experiência.
De lá para cá, os anos passaram. Cheio de coisas boas e ruins também.
Chegou 2017. E, eu que achei que depois de 2011/2012 eu estava forte para enfrentar qualquer situação, só que não. Me vi estressada, frustrada, desvalorizada e decepcionada. O meu corpo reagiu e eu fiquei muito doente.
Tive que procurar um nutricionista e fazer academia. Logo eu que sempre achei tudo isso fútil. Mas não é. E mais uma vez a vida me ensina que as certezas podem se tornar incertas a qualquer momento.
2017 está chegando ao fim. E, mesmo com todas as dificuldades que tive esse ano, sinto um apertinho no coração por ele estar acabando.
Foi um ano em que ri na mesma proporção em que chorei. Tive realização de sonhos. Ajudei pessoas. Conheci gente legal. Cuidei da minha saúde. E, sim, apesar de tudo, fui feliz.
Eu digo que esse foi meu ano “Montanha-russa” , entre subidas e descidas malucas.
Se for para colocar no pódio qual foi o “melhor do ano”, com certeza, escolho uma palestra com um professor incrível que tive no começo desse ano sobre Neurodidática. Fiquei apaixonada com a aula dele e aprendi coisas que levarei pelo resto da vida.
Como tentar fortalecer as experiências positivas e não as negativas. O caminho é lento, mas estou tentando agradecer mais do que reclamar. Porque a reclamação vira mania e parece que quanto mais reclamamos mais motivos para reclamar vão surgindo. E quando agradecemos mais motivos para agradecer surgem. O legal da ideia de ter um ano novo é poder renovar as esperanças. É tipo o final de uma temporada da nossa série preferida. É ansiar pelo novo e torcer para que que as coisas comecem/voltem a dar certo.
Agora tô aqui ouvindo Coldplay e imaginando mais um fim de temporada nessa minha vida louca. Tô curtindo a paisagem e agradecendo ao universo por estar mais um ano por aqui, entre ganhos e perdas, aprendendo a cada dia como me tornar alguém melhor para o mundo. E que venha a nova temporada.