UM TEXTO DE 2017 ~ Para eu sempre lembrar que por pior que as coisas estejam no final vai ficar tudo bem. ♥
Apesar de todos os acontecimentos ruins do final do ano passado, eu ainda tinha esperanças de que esse ano seria bom.
Mesmo ficando doente (de cama) por quase trinta dias (leia-se minhas férias); Aliás com a família toda doente; Mesmo com a recém-descoberta de um tumor no pulmão da minha mãe; Mesmo com a incerteza de um novo ano, com novos patrões; Mesmo sabendo que pela primeira vez na vida faria um TCC/terror dos universitários; Mesmo sentindo muitas dores no corpo; Mesmo depois de conviver com a tristeza de perder uma amiga assassinada. Apesar disso e todas as outras coisas difíceis que eu não tô a fim de comentar, eu tinha esperança. Porque sou dessas. Eu sou aquela que se agarra aquele 1% de chance, sabe? Mesmo depois de todo mundo já ter desistido. Eu tento levar as coisas com otimismo. Mas nem sempre é fácil. Porque enquanto está tudo bem a gente ri, agradece e distribui good vibes por aí. Mas e quando as coisas não acontecem da forma como foi planejado? E quando você está quase saindo do fundo do poço e alguém pisa na sua mão pra você ir mais pra baixo? Cada vez que você pensa que, finalmente, coisas melhores irão surgir, se depara com coisas ainda mais difíceis. Esse ano muitas coisas mesmo deram errado. E, eu que fico aqui tentando enxergar meu copo meio cheio. Eu sei que nenhum dos planos deu certo, mas algumas coisas que aconteceram foram surpreendentemente boas. É como se a maré de coisas ruins estivessem dando uma trégua. E, eu torço, de verdade, para que continue assim. Aos poucos, as coisas foram se ajeitando: a saúde melhorou, terminei o Tcc com uma boa nota, mas o que me levantou o astral mesmo foi a cura da minha mãe. E, aos poucos, estou tentando me recuperar das coisas que não saíram como eu planejei. Eu sei que eu poderia ter feito o meu ano ser melhor, mas não deu. Eu entreguei as bets mesmo, sem constrangimento nenhum. Abandonei o jogo no meio da partida. Fui ainda mais desorganizada que o normal. Mas de uma coisa eu tenho certeza: eu fui o melhor que eu pude ser. Talvez não tenha sido o suficiente mas foi tudo aquilo que eu precisava ser naquele momento.