A juventude passa bem na frente dos nossos olhos. Nossa vida é um curta-metragem.
Se você levantar para ir ao banheiro perde uma boa parte.
Tem vários figurantes, que por vezes passam despercebidos aos nossos olhares. Desconhecidos que acompanham nosso roteiro do começo ao fim.
Promessas no programa eleitoral.
Lembra quando éramos mais novos e nossa maior preocupação era com as festinhas dos finais de semana?
Naquela época as coisas pareciam ser mais simples. Aliás, elas não pareciam, eram.
Embora o nosso grupo de amigos sempre tenha se destacado por ser muito politizado, nós sabíamos separar bem as coisas. Nossos pais tinham candidatos a gente não.
Quantas vezes subimos em caminhões, para participar das carreatas de comemoração, sem se importar quem era que tinha vencido. Não nos importava qual letra viesse na sigla do partido.
O importante era celebrar;
Celebrar aquela juventude que nos permitia ter menos responsabilidades.
Mas daí a gente cresceu e vieram as responsabilidades e o título de eleitor.
Quando foi que candidatos puderam influenciar tanto nos relacionamentos?
Eu achava mais legal quando eles eram só uns caras de terno que falavam falácias na televisão. E não deuses. E não mitos. Só pessoas que selecionavam palavras difíceis do dicionário para parecerem mais inteligentes e não palavras de ódio e destruição.
Saudade de quando a nossa vida era muito mais que os minutos de uma propaganda eleitoral que atrapalhava a novela preferida da nossa mãe.