Solidão a dois

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Por mais que eu tente fugir, a solidão me persegue.

Eu era uma criança solitária, fui uma adolescente solitária e me tornei uma adulta solitária. E o vazio é tão grande que não deixa espaço pra mais nada entrar.

Eu não entendia porque eu gostava tanto de ficar sozinha, agora entendo que é porque eu tive que me acostumar com isso. Tive que aprender a sobreviver, a aprender que eu nasci só e morrerei da mesma forma.

As pessoas não mudam. Elas só fingem quando é conveniente.

Quando a tempestade acaba ninguém mais quer andar com guarda chuva, ainda que o céu escuro e nublado demonstre que ainda pode chover.

O amassado e o quebrado só pode ser consertado se a pessoa tem consciência do estrago que fez, mas alguns tem memória curta. Eu só queria acreditar que as pessoas podem  mudar e que segundas chances valem a pena.

Por enquanto eu não tenho certeza…

E já está se tornando doloroso viver com incertezas.

Eu teorizo demais, sei de menos.

Esses dias estão estranhos…

Porto seguro

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Tirei essa imagem daqui

Mais doloroso que saber que tudo teve fim foi tirar o porta retrato do criado mudo, simplesmente substituir a foto, neste momento, não seria uma boa opção. Apagar o contato do celular também foi difícil é como se um celular com mais de 100 utilidades perdesse o sentido, virou apenas um pedaço de metal vazio e sem graça. Nenhuma notificação consegue acelerar o coração como aquelas que eu sabia que vinham de você.

Tô a dias excluindo a playlist que lembre algo de você, de nós.

Tô cortando volta dos caminhos que um dia me levaram a você.

Não quero ver, não quero ouvir. Quero só um cobertor quentinho e um travesseiro macio para tentar esvaziar a mente de todos os pensamento relativos a nós dois.

Não quero ver ninguém da família já cansei de ter que dizer que nossa história acabou.

As pessoas dizem que foi uma pena e foi mesmo. Mas acho que foi só para mim.

O que mais me dói é saber que estou perdendo noites de sono sofrendo por você e que você está dormindo muito bem , mesmo sabendo que quebrou meu coração. E que me deixou sozinha aqui para reconstruí-lo . Engraçado que você  sempre foi meu porto seguro quando a situação ficava difícil, mas e agora aonde vou pôr minha ancora, como vou me acalmar sabendo que o problema agora é justamente o lugar que eu corria para me sentir mais segura?

Eu não sei muito bem como vou fazer isso…

Mas quer saber um segredo, depois de um tempo chorando a gente aprende que está na hora de se levantar. Que um porto seguro, na verdade, não é um lugar que a gente tem que procurar, que fazer de alguém um porto seguro é arriscado, pois ficamos a mercê das decisões alheias.

Chega um dia em que a gente descobre que somos nossos próprios portos e que não há lugar mais seguro que estar ancorada em si mesma. E a gente descobre que está exatamente onde deveria estar.

Do lado de lá

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Do outro lado da cidade tem alguém igual você.

Deitado no sofá com uma almofada fofinha, com a Netfllix ligada, mas com a mente distante, imaginando se o amor da vida dele tá em algum sofá acinzentado do outro lado da cidade.

Do outro lado do oceano, alguém acorda imaginando se ao cruzar a cidade encontrará alguém para mudar a sua vida.

Na banca da próxima esquina, tem alguém vendo a capa de uma revista sobre uma história de amor e se questionando se isso não é só coisa de filme.

Na fila da padaria tem um rapaz dos olhos castanhos que enquanto espera na fila imagina se ao cruzar a esquina vai se deparar com o amor da sua vida.

Pessoas vem o vão o dia inteiro até o olhar de uma cruzar com o da outra e nada mais ser como antes.

 

O amor não é comodismo. É escolha.

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Os dois olhavam , se entreolhavam.

Na rua , alguns jovens passavam e nem notavam a presença deles. Ver toda aquela juventude lá fora sedenta por amor, aventura e diversão fez com que recordassem, com nostalgia, os momentos que haviam vivido. Os dois se olham com uma cumplicidade…

Quando fizeram os votos de casamento provavelmente não imaginariam como terminariam os seus dias. Sonhavam em ter um cachorro, uma dúzia de filhos, uma casa bem grande e muito dinheiro.

Juntos construíram um lar. Conseguiram ter o cachorro, cinco filhos e uma casa não tão grande como imaginavam. O dinheiro? Conseguiram o suficiente para não passar fome.Os filhos cresceram e depois vieram os netos. Os cabelos brancos começaram a surgir um a um até tomar conta dos poucos fios de cabelo fino que restaram.

Começaram a sentir debilidade ao andar. Primeiro foi ele e depois de um tempo ela. Foram necessários os cuidados de outros para coisas que antes eles faziam com a maior facilidade do mundo.

A vida começou a ser vista por outra perspectiva.

Aprenderam a valorizar ainda mais a presença um do outro. Descobriram que a coisa mais valiosa que conquistaram com o passar dos anos foi o amor. Um amor que não foi nenhum final feliz de comédia romântica. Teve briga, choro, grito, raiva, mas teve amor, risada, mãos dadas…

Pensavam ser uma pena a maturidade vir tão tarde. Se soubessem metade do que sabem agora poderiam ser muito mais felizes no passado.

Aprenderam que o amor não é comodismo. É escolha. É aprender a relevar os defeitos e aproveitar o melhor das qualidades. Aquela coisa avassaladora que chamamos de amor é só o início. Depois que o êxtase acaba, a realidade te mostra quem é na verdade a pessoa que você escolheu viver.

O amor forma laços, e não dá pra mentir : as vezes ele aperta. Sim, aperta. E não é porque deixou de ser amor. É porque um dos lados puxou com força demais. E, com o tempo, a paciência e a experiência os dois lados vão aprendendo a não segurar com tanta força.

Hoje a vida passa, devagar e os dias parecem não ter fim, mas poder olhar um para o outro renova as forças.

Eles não sabem quanto a vida ainda vai durar mas sabem que estarão um lado do outro quando um deles fecharem os olhos.

E, enquanto esse dia não chega, ficam ali juntos em uma calçada virada para a rua, de mãos dadas, vendo os dias passando devagar e a vida fugazmente.

Nada vai ser igual

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aqui

Já escrevi mil nomes na minha agenda mas nenhum deles combina tanto quanto o seu combinava do lado do meu.

Encarei uns 30 garotos hoje mas nenhum deles tinha o brilho que os seus olhos tinham ao olhar no meus.

Já perdi a conta de quantos sorrisos vi hoje mas nenhum deles fez com que eu ficasse com a cara de boba que eu ficava ao te ver sorrir.

Ouvi o barulho de umas cinquenta motociletas hoje, mas nenhuma delas fez o coração bater tão forte como aquele que eu sentia quando ouvia que era você que estava chegando.

Estou aqui tentando em vão achar alternativas, a ter esperanças de que eu ainda posso viver mil aventuras de amor que superem aquelas que tive com você.

Mas a cada dia me convenço que havia tanta singularidade no nosso relacionamento que vai ser difícil achar algo que supere, que seja melhor do que foi contigo.

E escrevo você em todos os meus textos porque tenho a esperança de que, se tornando um personagem de uma história fictícia, seja mais fácil apagar você da minha vida.

Já fiz você mocinho e vilão, já fiz bonito e feio, mas nada faz com que sua imagem saia da minha cabeça…

Na verdade eu sei que eu vou amar de novo. E sei que será bom. Mas sei também que nada nunca vai ser igual aquilo que era o “eu e você”.

 

A moça da comédia romântica

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Cena do filme: “Lisbela e o prisioneiro”

Gosto das comédias românticas, gosto de histórias de amor mais escrachadas, sem muita perfeição. Gosto do amor e do humor dessas histórias e dos problemas apresentados.

Costumo dizer que a minha história de vida é uma verdadeira comédia romântica. E daquelas mais cômicas. Só que nessa história, a mocinha não arranca suspiros de todos os homens, tem um cabelo adorável que tem vida própria, tem um jeito engraçado de andar, é desastrada, meio louquinha de vez em quando.

Como em todas as histórias das mocinhas das comédias românticas, houve momentos de riso, de choro e de reflexão. Teve momento de querer pular da ponte, de querer desistir. De apertar o peito. E teve outros de chocolate quente, de banho de rio e de contemplar o pôr do sol.

Nessa história eu sou a protagonista. Uma moça de vinte e seis anos que a cada dia mais se liberta de velhas amarras, de pensamentos inúteis (e de pessoas também). Apesar de protagonizar há algum tempo essa comédia romântica e de gostar de falar de amor não me considero a “bam-bam-bam” dos relacionamentos, nem entendida em questões do coração. Me considero aprendiz. E a vida é uma ótima professora. Rude de vez enquanto, eu confesso, mas é da onde saem os melhores ensinamentos.

E,quando você percebe que consegue rir da própria desgraça, percebe o quanto sofreu à toa na vida. E, se alguém se incomoda com o meu riso escancarado, com os meus cachos desarrumados, com meu jeito estranho de andar, com os meus olhos grandes e com tantos defeitos que eu levaria anos para mencionar, o problema é inteiramente dela. Eu até poderia responder com meu silêncio, mas minha resposta é o meu sorriso sempre carimbado no rosto. E no desenrolar desse filme muitas coisas acontecem. Há aqueles que se incomodam e querem sair antes dos créditos finais. Mas há quem se apaixone e que fica só para saber como essa história termina.

E a comédia continua…

Se quiser ouvir uma música depois de ler o texto clica aqui

 

 

A fórmula do amor

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Imagem retirada do Google Imagens

Queria falar para o Leoni  que eu finalmente encontrei uma fórmula do amor e que ela deu certo.

Porém eu fico a pensar: “E amor lá precisa de fórmula, minha gente?”

Tá bom que seria mais fácil, mas costumamos gostar do que não é. E, se o amor realmente tiver uma fórmula, alguém a esconde até de si mesmo.

Nenhum livro de autoajuda, nem mesmo um romance consegue dizer qual a forma certa de conquistar, de amar ou de viver um relacionamento que dê certo.

Está cada vez mais difícil encontrar um amor que valha à pena. Ainda mais em tempos que o desapego é tão exaltado, que o “ficar junto” já não parece ser mais tão importante… Está difícil encontrar alguém que tenha comprometimento e que realmente entenda o que é um relacionamento sério e todas as regras que fazem parte dele.

O problema é que a maioria das pessoas acha que amar é tão complicado que desiste. No geral as pessoas estão impacientes para amar.Só que o amor é uma construção e é aos poucos que ela vai ficando pronta.

Talvez um ingrediente importante para o amor dar certo, seja a paciência, vide exemplo da Bíblia:O amor é paciente, o amor é bondoso.(…)  Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1 Coríntios 13: 4-7).

Outro “ingrediente” indispensável é a reciprocidade, porque do que adianta ser paciente se o outro não tem compatibilidade contigo?

Ah, e compatibilidade, parceria e alguém disposto a amar está se tornando cada vez mais raro. E a gente passa a acreditar que o amor é uma utopia. E que só serve para trazer o sofrimento.

Pensando bem, o que queremos de verdade mesmo não é uma fórmula de amar é a fórmula de não sofrer. Mas vou te contar um segredo (que nem é tão secreto assim): No amor, muitas vezes, a dor vem de brinde. 

Você deve estar pensando que sou pessimista. E seria clichê demais responder que na verdade estou tentando ser realista. Mas é verdade. O amor traz uma série de coisas: um pouco de expectativa, um pouco de paixão e voilà: alguma coisa parecida com uma fórmula do amor está pronta. Mas lá na garrafinha em letras miúdas tem a mensagem: “Efeito colateral: Dor e sofrimento, descontentamento, cansaço e, eventualmente a fórmula falha ou para de fazer efeito durante o processo”. Mas nunca nos atentamos as contraindicações, não é mesmo?

Claro que pode acontecer de você distrair-se e encontrar um amor bom o suficiente que te faça pensar que, talvez tenha encontrado a fórmula do amor, que dessa vez você fez do jeito certo. Pode acontecer de dar certo. Apesar de tudo o amor verdadeiro existe.

A realidade é que nenhum de nós é experiente o suficiente para classificar o amor, para dizer o que é certo ou não é, ou para inventar uma fórmula maluca e colocarmos o nome de “fórmula do amor”.

Ainda assim nos embriagamos sem nos preocuparmos com a ressaca do dia seguinte.

E se alguém por aí, souber onde encontrar a fórmula do amor , por gentileza avisa aí pra gente.

Para terminar: Ouça Fórmula do amor (que me inspirou a escrever este texto). ♥

 

 

 

Que nem feijão com arroz

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encontrei essa imagem aqui

Casal Feijão-com-arroz é assim que os amigos os chamam.

Por que? Porque, assim como na música do Legião Urbana,  eles se completam como feijão e arroz.

Porque a única pessoa que consegue cantar Faroeste Caboclo inteiro enquanto ele toca violão é ela.

Porque ele é o primeiro que ri das piadas toscas dela.

Que mente dizendo que a comida dela está deliciosa, mesmo estando sem sal.

Os dois não são só namorados, são amigos. Um olha para o outro com carinho e cumplicidade.

Eles são tão diferentes e tão parecidos ao mesmo tempo.

É coisa de destino mesmo. Os caminhos deles tinham que se cruzar mais cedo ou mais tarde.

Eles fazem a gente acreditar naqueles amores dos livros, sabe?

Eles fazem a gente acreditar que o amor existe de verdade e nos faz querer viver um amor assim também.

E eles vivem alheios as opiniões dos outros, vivem sorrindo, cantando e se encantando um com o outro.

Tenho certeza que com os dedos entrelaçados eles ainda irão conquistar o mundo.

————————————————————————– P.S.: Esse é o post de número 100 do blog 😮 \õ/

P.S²: Promessa para final de ano e começo do ano que vem: realmente participar dos grupos de escrita criativa em que participo. É bom que exercita a criatividade e dá uma força para os dias sem inspiração. Então além dos posts normais e daqueles dedicados ao meu grupo do amô (Vai um Café?), eu ainda publicarei participações para outros grupos maravilhosos, começando hoje pelo NSE.

Esse post é a minha participação desse mês no projeto:
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Não Somos Escritores – Um projeto com temas para escritores desenvolverem sua criatividade na escrita. 
Se quiser participar também clique aqui.

 

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Depois do capítulo final

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Foi lindo mas eu sabia que não haveria um dia seguinte.

Sabe quando você dá um beijo e ele tem cara de final da novela das 8.

Só que nesse final os mocinhos não ficam juntos. É um beijo de despedida, um último beijo.

Mas a mocinha se recusa a deixar tudo se acabar. Ela guarda. Guarda o último gole de vinho, guarda um restinho de perfume no frasco. Mas é em vão.

O mocinho quer liberdade, quer mais cores, quer mais sabores. Mais bocas para beijar, mais corpos para tocar. Não quer se demorar em um amor maduro.

E os dois brigam. Um de cada lado do cabo de força. Ninguém vence.

E aquele beijo tão especial se mistura a tantos outros que acontecem no capítulo final da novela.

Foi só mais um beijo. Um beijo de nunca mais.

E o mocinho vira as costas para a moça e pega a mão da vilã da história.

E ela fica ali parada vendo os dois desaparecerem no horizonte. Um horizonte que ela achava que era dela.

Dona mocinha, olhe para o lado! Sua vida é real e ela continua mesmo depois do “The end” no capítulo final.

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Amor de fases

Se quiser ler ouvindo uma musiquinha: clique aqui. ❤

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créditos

Se quiser um vaguinha aqui em meu coração já aviso: não é uma tarefa fácil.

Amo o natal. Então você vai se ver com uma criança encantada pelas luzes nessa época do ano. Você vai ver eu me punir por querer um vestido lindo na vitrine, mas não querer levar por  lembrar que existem coisas muito mais importantes que presentes.

Você vai ver que eu não gosto de gastar dinheiro (nem tempo) com bobagens. Eu definitivamente não sou a louca dos “shoppings”.

Eu sou indecisa. Então não me obrigue a fazer decisões difíceis. Eu tenho a péssima mania de fazer escolhas ruins.

Não reclame porque eu gosto de ficar de pijama o dia todo nos domingos. Nem porque eu canto desafinada enquanto arrumo a casa.

Não repare quando eu erro os acordes no violão, eu toco com o coração e meu coração aceita meus erros.

Não cobre para que eu me pareça alguém que você conheça. Eu sou diferente de tudo o que você já viu.

De vez em quando eu vou falar dormindo, mas não se assuste que logo eu volto a dormir. Ah, e escute a história dos meus sonhos com atenção.

Você é um cara de sorte, afinal é super difícil eu ter Tpm. Mas quando eu tiver, para o seu próprio bem, mantenha a distância . Ah, e faça silêncio, nesses dias eu amo o silêncio.

Não implique com o meu cabelo, nem por eu gostar de tomar banho antes de dormir.

E, por favor, não tente mudar quem eu sou. Nem tente controlar a minha vida. Namorar não é prender o outro perto de si é libertá-lo sabendo que ele sempre voltará onde se sente mais seguro.

Não me deixe com incertezas, eu sou insegura e isso me fará sofrer. Quando eu falar com você olhe nos meus olhos, eu odeio sentir que não estão prestando atenção no que digo.

Quando eu ficar quieta demais, se preocupe. O meu silêncio é de um barulho imenso.

Deixe eu ficar um tempo só. Não me leve à mal, eu adoro estar junto, mas a solidão preserva a minha sanidade. Eu preciso de tempo para pensar e eu penso melhor sozinha.

Se você estiver disposto a conviver com essa metamorfose ambulante, com essa mulher que tem mais fases que àquela do Raimundos, seja bem vindo.

Ah, esqueça aquela frase imbecil de que o coração de uma mulher é um circo, embora eu adore palhaços e me encante com circos, meu coração é coisa séria. E ele é frágil, uma vez que você brincar com ele nunca mais ele volta ao normal.

Não brinque com meus sentimentos. Me ame e você terá todo o meu amor de volta. Cada dia de forma diferente. De acordo com cada estação, complicado e perfeitinho.