Nossa música

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Me dê a mão

Vamos enfrentar o mundo

Conhecer todas as galáxias e

seguir guiados pela luz das estrelas

Pega o seu violão e vamos juntos

compor a nossa canção

Porque eu sou a poesia que completa a sua melodia

Não importa os acordes

Nem importa se não vai ter rima

Juntos criamos a música mais bonita de ser ouvida

 

Porto seguro

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Tirei essa imagem daqui

Mais doloroso que saber que tudo teve fim foi tirar o porta retrato do criado mudo, simplesmente substituir a foto, neste momento, não seria uma boa opção. Apagar o contato do celular também foi difícil é como se um celular com mais de 100 utilidades perdesse o sentido, virou apenas um pedaço de metal vazio e sem graça. Nenhuma notificação consegue acelerar o coração como aquelas que eu sabia que vinham de você.

Tô a dias excluindo a playlist que lembre algo de você, de nós.

Tô cortando volta dos caminhos que um dia me levaram a você.

Não quero ver, não quero ouvir. Quero só um cobertor quentinho e um travesseiro macio para tentar esvaziar a mente de todos os pensamento relativos a nós dois.

Não quero ver ninguém da família já cansei de ter que dizer que nossa história acabou.

As pessoas dizem que foi uma pena e foi mesmo. Mas acho que foi só para mim.

O que mais me dói é saber que estou perdendo noites de sono sofrendo por você e que você está dormindo muito bem , mesmo sabendo que quebrou meu coração. E que me deixou sozinha aqui para reconstruí-lo . Engraçado que você  sempre foi meu porto seguro quando a situação ficava difícil, mas e agora aonde vou pôr minha ancora, como vou me acalmar sabendo que o problema agora é justamente o lugar que eu corria para me sentir mais segura?

Eu não sei muito bem como vou fazer isso…

Mas quer saber um segredo, depois de um tempo chorando a gente aprende que está na hora de se levantar. Que um porto seguro, na verdade, não é um lugar que a gente tem que procurar, que fazer de alguém um porto seguro é arriscado, pois ficamos a mercê das decisões alheias.

Chega um dia em que a gente descobre que somos nossos próprios portos e que não há lugar mais seguro que estar ancorada em si mesma. E a gente descobre que está exatamente onde deveria estar.

Que sorte a minha!

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Ela estava de costas, mas pode sentir aquele cheiro do melhor perfume do mundo. Podia fechar os olhos e antes dele chegar como de costume, e falar ao pé do ouvido:

— Oi, mocinha.

Aquele cheiro de arrancar sorrisos. Ela deixava ele pensar que fazia surpresas, mas o cheiro de perfume o denunciava.

E, todas as vezes que alguém passava usando o mesmo perfume ela lembrava dele. E que saudade que dava!

O amor é uma junção de cheiros, sorrisos, abraços. Inverno debaixo do cobertor e um filme bobo no televisor.

É compartilhar uma pizza e maratonar uma série da Netflix.

É andar de mãos dadas no meio da multidão.

É olhar para a outra pessoa e pensar: “Poxa, que sorte a minha!”

Depois do capítulo final

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Foi lindo mas eu sabia que não haveria um dia seguinte.

Sabe quando você dá um beijo e ele tem cara de final da novela das 8.

Só que nesse final os mocinhos não ficam juntos. É um beijo de despedida, um último beijo.

Mas a mocinha se recusa a deixar tudo se acabar. Ela guarda. Guarda o último gole de vinho, guarda um restinho de perfume no frasco. Mas é em vão.

O mocinho quer liberdade, quer mais cores, quer mais sabores. Mais bocas para beijar, mais corpos para tocar. Não quer se demorar em um amor maduro.

E os dois brigam. Um de cada lado do cabo de força. Ninguém vence.

E aquele beijo tão especial se mistura a tantos outros que acontecem no capítulo final da novela.

Foi só mais um beijo. Um beijo de nunca mais.

E o mocinho vira as costas para a moça e pega a mão da vilã da história.

E ela fica ali parada vendo os dois desaparecerem no horizonte. Um horizonte que ela achava que era dela.

Dona mocinha, olhe para o lado! Sua vida é real e ela continua mesmo depois do “The end” no capítulo final.

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O moço dos olhos cor de mel – O final

Olha quem finalmente veio postar o final desta história! ba dum tss \õ/

Preparem-se para drama, muito drama.

Peço desculpas à todos que queriam muito ler o final da história e agradeço quem esperou e acho super compreensível quem me desistiu de ler o final. Mil desculpas. Espero que gostem do final.

Para quem ainda não leu a história ou quer relembrar alguma parte para não ficar perdido, clique nos links abaixo:

Parte 1

Parte 2

Parte 3

♥ Parte 4

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Imagem: Ben White

Rodrigo dirigiu até a cidade que ele morava ( e que tinha conhecido Lisbela). Alugou um apartamento e ficou lá por dias fumando e bebendo, afogando as mágoas. E desejando que aquela bebida tivesse o poder de fazê-lo esquecer tudo que tinha vivido até ali. Mas é aí que ele lembrava, ainda que seus pensamentos estivessem confusos. E no outro dia o que restava era uma dor de cabeça horrível e um estômago embrulhado.

Depois que sua mente — e coração– se acalmaram, ele pensou que talvez essa fosse uma oportunidade de procurar Lisbela e…

Mas mil coisas surfgiram em sua cabeça: E se ela estivesse com alguém ? E se ela não quiser me ver? E se… E se…

Rodrigo levantou-se e lembrou que não conquistou ela ficando parado. Em um momento de coragem decidiu que iria procurar Lisbela, iria dizer que a amava e tudo que tinha guardado no peito por todos esses anos. Ainda que voltasse com um “não” como resposta. Era melhor do que conviver com a dor de nunca ter tentado.

Ele foi para frente do emprego de Lisbela e ficou o dia inteiro observando cada passo dela. Seu cabelo tinha alguns fios brancos e ela estava um pouco abatida, mas continuava tão linda quanto a primeira vez que ele a tinha visto.

Ele esperou até a hora dela sair do serviço e a seguiu até a rua de sua casa.

***

Lisbela teve a sensação de que alguém a estava seguindo. E ao olhar para trás, percebeu que havia um homem a espreita atrás de um dos muros de um prédio que estava atrás dela. Ela achou muito suspeito e começou a apertar os passos.

Foi quando ela ouviu que o homem também começou a apressar seus passos e já estava quase alcançando-a. Desesperada ela correu sem olhar para trás.

Até que ouviu o estranho chamar pelo seu nome:

— Lisbela, pare! Pare, sou eu.

Ele nem precisou se identificar, ela reconhecia perfeitamente aquela voz. Ela parou no meio do caminho, seu coração parecia que iria sair pela boca. Ela ficou uns instantes parada de costas para ele.

***

Rodrigo parou. Não sabia o que dizer…

Quando começou a se aproximar ela virou de frente com ele. Por um momento os dois se olharam em silêncio. Até que Lisbela, virou-se novamente de costas e começou a andar.

Rodrigo correu até ficar na frente dela. Segurou seus braços e pediu que conversassem.

Lisbela olhou para ele e disse:

— O que você está fazendo aqui? Eu não quero problemas com a Célia e…

Antes que ela terminasse Rodrigo a interrompeu:

— Eu não estou mais com a Célia.

— Ah, então você acha que é assim? Rodrigo, fazem quase nove anos. N-O-V-E! É tempo demais, já me decepcionei muito com você e não quero sofrer de novo. — Disse Lisbela, indignada, soltando os braços das mãos de Rodrigo.

Lisbela já ia saindo, quando Rodrigo disse algo que a fez parar:

— E você não está sofrendo agora? Não está sofrendo sem mim? Porque eu sofro todos os dias desde que estou sem você. Nessa história toda você falou demais, a Célia falou demais, até minha mãe falou demais mas e eu? Você nem deu a oportunidade de eu me defender, ou pelo menos, de tentar te explicar o que aconteceu. Não, eu não fui correto com você. Eu fui um CANALHA, com letra maiúscula mesmo. Mas se te conforta eu paguei todo o mal que fiz para você. Só quero conversar com você, não vou forçar nada. Mas deixe eu desabafar tudo que está aqui dentro. Depois dessa conversa, juro não te procurar nunca mais se você quiser, mas por favor, me ouça.

Lisbela quase chorou, mas segurou firme. Virou-se para ele e disse:

— Tudo bem, vamos há alguma lanchonete ou restaurante.E conversamos. Mas sem compromisso. Vamos como amigos.

Rodrigo aceitou.Os dois foram andando lado a lado como dois desconhecidos. O silêncio reinava. Rodrigo sugeriu um restaurante e Lisbela concordou. Era perto dali e foram a pé.

Quando chegaram lá, escolheram uma mesa qualquer e pediram dois sucos de laranja.

Rodrigo começou a contar toda a história desde o começo. Contou que havia ficado com Célia em uma festa, que estava muito bêbado e que ela ficou se insinuando para ele. Claro ele não era nenhum animal desesperado por fêmea, mas foi fraco e acabou ficando com ela. Depois daquilo os dois nem haviam conversado mais. Até aquele dia em que ela contou que estava grávida. Ele contou que tentou ser um bom marido para ela. Tentou cumprir seu papel de homem, mas que nunca tinha sido realmente feliz. Contou da segunda criança e que a mãe dele começou a suspeitar das coisas. Contou dos dias em que passou embriagado.  Contou como estava sofrendo sem ela. Como a amava mesmo depois de tantos anos.

Lisbela ficou em silêncio, ouvindo atentamente tudo o que ele disse sem esboçar nenhum tipo de reação.

Depois de contar toda a história, ele pegou nas mãos dela. Enquanto as mãos dela estavam suadas as mãos dele estavam frias.  Ele olhou para ela e disse:

— Olha, eu estou aqui na sua frente me comprometendo a ser um homem melhor. Eu sei que errei e vou entender se, mesmo depois dessa conversa, você nunca mais quiser olhar na minha cara. E eu prometo que dessa vez eu vou me afastar de verdade. Mas pense bem, não seja orgulhosa, pense no que te faz feliz, pense se vale a pena sofrer só para ter razão. Eu juro que dessa vez eu vou te fazer feliz, juro. Me perdoe por todos os erros que cometi, mas por favor, não esqueça de todas as vezes que eu acertei.

Lisbela começou a chorar. Olhou para ele.

— E..eu não sei. Por favor, não faça isso comigo. É claro que eu te amo e nunca vou te esquecer. Mas você me machucou demais. Não sei mais se consigo ficar com você.

— Eu entendo. Mas não aceito. Pense, nós estamos envelhecendo, não vale a pena perder o amor da sua vida por orgulho.

— Eu sei, mas não sei se consigo.

— Tudo bem. Olha para mim. Faz assim: Eu te dou uma semana para decidir, para pensar se você disser não, eu vou embora para nunca mais voltar, prometo. — disse enquanto enxugava as lágrimas de seu rosto.

Rodrigo foi acompanhando Lisbela até a sua casa, já era tarde e onde ela morava costumava ser muito perigoso à noite.

Quando eles chegaram lá, Rodrigo já ia indo embora quando Lisbela o puxou pelo braço e roubou-lhe um beijo. Ele entendeu: a decisão já havia sido tomada. Lisbela pensou bem e percebeu que não valeria viver longe da pessoa que ela amava, trocou a razão pelo coração e estava disposta a lidar com as possíveis consequências que isso acarretaria. A prioridade agora era ser feliz.

Naquela noite os dois dormiram juntos e assim foi nos dois anos seguintes. Anos muito felizes, aliás.

Eles estavam tentando engravidar, sem sucesso. Então decidiram buscar um médico para ajudá-los. Fizeram vários exames e receberam a noticia de que Rodrigo estava com câncer de próstata.

Os dois choraram muito. Lisbela tentava ser forte, mas estava muito preocupada com Rodrigo.

Os meses foram passando e mesmo fazendo tratamento, a doença não dava trégua. O câncer havia se espalhado por várias partes do corpo. Já não tinha mais nada para ser feito. Então os dois resolveram aproveitar o máximo de tempo juntos, intensamente o amanhã era cada dia mais incerto. Lisbela não se conformava, depois de tanto tempo sofrendo separados, quando finalmente conseguiram ficar juntos surgiu essa doença para atrapalhar. Rodrigo ficava bravo quando ela questionava Deus. Ele era religioso e estava tranquilo, triste sim, mas tranquilo e grato por ter conhecido ela, por ter a oportunidade de compartilhar um pouco da sua vida com uma pessoa tão especial.

Rodrigo ainda viveu um ano. Foi triste, foi doloroso, mas os dois aproveitaram cada minuto juntos. Até que em um dia de primavera aqueles lindos olhos cor de mel se fecharam para sempre.

Para Lisbela, nada no mundo conseguiria substituir a presença de Rodrigo. Tanto que mesmo vinte cinco anos depois da morte dele, ela nunca mais se relacionou com ninguém, não conseguia. Ela dizia que o amor deles era único e especial, nada poderia substituir. As vezes, ela tinha a sensação de que ele estava junto dela, ela podia até sentir o seu perfume no ar.

Eu fiquei surpresa quando Lisbela me contou essa história. Parecia história de filme. Me deixou sem palavras, tudo que eu queria era entender porque tantas coisas ruins tinham acontecido na vida daquele casal e eu também fiquei triste pelo final. Lisbela me disse que não era para eu ficar triste que ela não ficava triste, porque Rodrigo só lhe causava pensamentos felizes e tudo que ela lembrava era o quanto tinha sido feliz ao lado dele. E também me disse que o final deles ainda não tinha chegado e que ela sonhava encontrá-lo em um outro plano espiritual. Ela me disse:

— Menina, você é jovem. Não deixe que o orgulho destrua um grande amor. Muitos dizem que o amor verdadeiro não existe, mas ele existe sim e está bem na cara de quem o quer ver. Viva o amor. Ame. Mesmo que o final não seja feliz como nos contos de fadas, o amor sempre vale à pena.

Foi então que o Ônibus dela chegou e eu a vi indo embora. Eu já tinha ouvido muitas histórias, mas sem dúvidas essa foi a mais impressionante (e triste) que já ouvi. Indubitavelmente, Lisbela e Rodrigo serão personagens da vida real que eu nunca esquecerei.

 

Definitivamente o amor existe

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Um dia me perguntaram se eu achava que o amor realmente existia.

Hesitei. Que pergunta descabida! Mas é claro que o amor existe.

Eu sei e compreendo perfeitamente porque há tanta dificuldade de acreditar na veracidade do amor, afinal há tantas traições, falta de respeito, de parceria, falta de amor mesmo. Acaba ficando meio difícil acreditar que o amor ainda exista.

Mas o maior problema das pessoas é limitar o amor apenas a relacionamentos. Amar os outros é realmente maravilhoso. Ter alguém para andar de mãos dadas nos momentos difíceis é incrível. Mas se você começa a focar muito nisso, acaba achando que se o relacionamento acabar o amor também acabou, o amor já não existe mais.

E é comum que a gente não enxergue o amor nos nossos dias mais cinzas.

Mas acreditem o amor existe e ele é imensurável. Não subestime o amor.

Eu repito sem medo: O amor existe basta olhar quanto amor tem a nossa volta.

E como eu sei disso? Porque eu vejo amor todos os dias. Onde eu vejo? Quando o sol se põe e muda a cor do céu, vejo em uma flor que encontro no caminho, no sorriso do meu filho. Sim, eu definitivamente acredito no amor e por acreditar nele eu faço questão de espalhar um pouquinho em cada lugar por onde passo. Se as pessoas deixam se contaminar por coisas negativas, quem sabe a positividade e o amor também “contaminam”, eu como boba romântica que sou, vou continuar acreditando no amor e torcerei para que mais pessoas acreditem. 

❤ Sugestão de música:  Último romântico

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{BEDA #3} Qualquer dia desses

Em pleno terceiro dia de BEDA eis que surge o bendito bloqueio criativo. ba dum tss 😦  Por sorte eu sempre deixo alguns textos em rascunho. Espero que gostem. ❤

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Aparece qualquer dia, que é pra gente ouvir Legião, ficar por horas analisando o conteúdo das letras.

A gente pode inventar um monte de histórias de terror, pra depois servir de pretexto para dormir agarradinho.

Vai, aparece por aqui. Se você vir mesmo, prometo fazer a minha especialidade culinária: brigadeiro de panela. Depois posso te obrigar a assistir minhas comédias — bobas — românticas e você me obriga a assistir seus filmes de ação e explosão.

Você pode sugerir que a gente assista a algum filme de herói, talvez a gente discuta porque você prefere os heróis da Marvel e eu da DC, mas no fim concordamos que (embora eu prefira os heróis da DC) as melhores adaptações cinematográficas são mesmo as da Marvel (fazer o que :/).

Aparece aí, vai! Esquece aquilo que eu falei, sobre odiar surpresas e vem, mesmo que seja sem avisar. Você vai poder perceber na expressão do meu rosto, que essa foi a melhor surpresa que tive na vida.

Vem. Vem que prometo fazer um monte de careta pra te fazer rir, em um dia chato.

E então a gente relembra toda a programação da Tv Cruj. Em seguida, você bem podia fazer um cafuné e por um segundo seríamos só nós dois e os problemas ficariam bem pequeninhos.

Promete que qualquer dia desses você vem?

❤ Sugestão de música: Use somebody

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Lugar favorito

Hey, people. O meu blog tá meio abandonado (motivo: gripe que não me abandona, nem abandona a minha família :/)
Para tentar dar uma animadinha por aqui, resolvi tentar encarar o BEDA (Que consiste em criar um post por dia, durante o mês de Agosto).
Vou seguir as sugestões do Henrique para me dar Norte, espero que gostem. Vou tentar criar narrativas para os temas, no dia que não conseguir, farei um post normal. Perdoem os textos que não ficarem tão bons.
P.S.: Para quem quer ler o final do ” O moço dos olhos cor de mel, fiquem atentos. Até sexta-feira, sem falta, publicarei o último capitulo. ❤
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Créditos

 

Adele sempre foi muito apegada a cheiros, pessoas e lugares. Ela amava lugares que tivessem água: rios, lagos, mar. E se sentia extremamente feliz nesses lugares, como se eles fossem os melhores lugares do mundo.

Outro lugar que sempre a deixou feliz foi o gramado de sua casa, de lá ela poderia ficar horas observando o céu azul e tentando adivinhar os desenhos nas nuvens(quase sempre ela via desenhos de anjos).

A janela do carro ou ônibus era melhor que qualquer programação da televisão, ela admirava a beleza do sol passando entre as nuvens, admirava o pasto verde e os bois se acomodando na sombra das grandes árvores. E os pássaros brincando no céu. Tudo era muito belo, nessas horas ela tinha certeza que a criação de Deus era mesmo perfeita Embora ela tivesse paixão pela luz do dia, tinha fascínio pela noite, pela lua iluminando o céu, pelas árvores secas que via pelo caminho, pelos sons dos bichos da noite, ela ficava encantada com tudo o que podia ver. Dormir no ônibus ? Nem pensar, ela não poderia perder a paisagem.

Ela não contava pra ninguém, mas tinha um paraíso particular: o seu quarto. Lá ela ouvia músicas, ria lembrando de tudo de bom que tinha passado no dia, ou chorava por alguma decepção, as quatro paredes do quarto sempre foram suas confidentes fiéis. De manhãzinha os passos da mãe a deixavam confortada. Ela sabia que ali ela era feliz.

Demorou, mas um dia Adele descobriu que o melhor lugar do mundo é aquele onde ela se sente bem, onde ela pode aproveitar a companhia das pessoas que ama ou de aproveitar a sua própria companhia, porque as vezes a solidão também é necessária. Um lugar legal pode estar dentro do quintal.

Seu lugar favorito era qualquer lugar onde ela encontrasse um tiquinho de felicidade, nem que fosse em coisas “não caras”. Porque a maior felicidade ainda é aquela que não tem preço.

♥ Sugestão de música (que não tem absolutamente nada a ver com o texto haha): Velha infância

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Eu quero ter uma “vó”

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Google Imagens (se for o dono da imagem, por favor, avise!)
N.A: Hoje é o dia dos avós. E essa data sempre me deixa um pouco triste. 😦
Porque eu nunca tive nem avô, nem avó. Não tive puxão de orelha, nem fiz parte dos encontros de final de ano. Não tirei foto com meus avós. Quando eu tinha 8 anos fui à casa que eles moraram. E encontrei uma casa vazia: sem móveis e sem vida. A única coisa que me alegrou foi poder andar pela casa grande de madeira e imaginar todos ali. E no dia seguinte, quando eu abri a janela tinha um lindo jardim do lado de fora. E até hoje eu sorrio ao lembrar é como se meus avós me dissessem “bom dia!”
Há alguns anos atrás, eu escrevi (em outro blog) sobre isso e vou compartilhar com vocês.

*****************

Tenho um filho de oito meses, e ao observar o relacionamento dele com as avós , fiquei pensando : “que coisa mais boa ter vó”.
Quando eu era criança , sempre ouvia os meus coleguinhas de sala dizendo que iriam almoçar na casa da avó, que iriam passar a tarde na casa dela; contavam as histórias (causos) que a avó lhes contava, e quando a professora passava algum trabalho —  por exemplo, pegar folhas de árvores, livros antigos, etc  —  eles diziam : na minha vó deve ter.
E eu ficava sempre de lado, observando, ficava muito triste, porque eu não
tinha avó, nenhuma !
A mãe do meu pai morreu anos antes de eu nascer.
E a minha mãe é adotiva, a mãe dela adotiva também faleceu antes do meu nascimento, e a mãe biológica é desaparecida.
As vezes eu me pegava olhando as velhas fotografias do meu pai, e ficava horas imaginando como seria se minha avó estivesse viva, como seria seu abraço, sua voz, seu sorriso, a cor e a textura de seus cabelos, o jeito de olhar, o cheiro, e até ficava imaginando como ela iria brigar comigo. As vezes até sonhava que ela estava viva. Era (é) muito triste.
Vocês não tem noção de como eu senti falta de ter uma vó!
Por vezes me senti até injustiçada por não ter uma.
Acho que é por isso, que estou sempre disposta a ouvir as histórias que os mais velhos tem pra contar; quando eu ia à casa das minhas amigas e as avós delas vinham conversar , eu ficava lá, que nem uma boba ouvindo encantada todas as histórias, talvez por isso também, eu seja encantada por aquelas vovós de antigamente : de cabelos brancos, voz macia, e cheiro de naftalina. Ai, como eu queria ter uma avó!
Mas o que me deixa feliz  é que pelo menos meu filho tem a oportunidade de conviver com as avós, diferente de mim, ele vai saber como é gostoso ter uma, o carinho, os presentes , as broncas…
Quanto a mim, sempre vou viver procurando a minha avozinha em todas as senhoras de cabelo cor de nuvem, pele marcada pelo tempo e experiência, e esperar (e torcer) para que um dia eu possa ser uma delas, e já que eu não pude saber como era ser neta, que eu saiba ao menos como é ser avó, e que eu possa ser a avó que eu sempre desejei ter.

O moço dos olhos cor de mel – Parte IV

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aqui

Rodrigo passou meses tentando conversar com Lisbela , que o ignorou.

A mãe de Rodrigo convenceu Rodrigo a casar com Célia, pois a família deles era tradicional e seria uma vergonha que ele não assumisse a mãe de seu filho.

Eles esperaram que a poeira sobre o término do noivado com Lisbela abaixasse. E então fizeram um cerimônia simples para o casamento dele com Célia.

Rodrigo não se conformava de ter perdido Lisbela, não se conformava de ter feito ela sofrer.

Como moravam na mesma cidade era inevitável que se vissem de vez em quando. Lisbela nunca desviou o olhar, sempre olhou profundamente em seus olhos e quando isso acontecia Rodrigo sentia toda a dor que aquele olhar lhe trazia. Ela estava sofrendo muito e ele sabia que era injusto que ela sofresse por um erro  que ele cometeu. Por esse motivo, decidiu pedir transferência e ir para outra cidade, dizem que “o que os olhos não veem o coração não sente”, talvez se Lis deixasse de vê-lo ela sofreria menos, pelo menos foi isso que ele pensou que aconteceria…

***

Sete anos depois, Lisbela ainda pensava em Rodrigo. Ela pensava todos os dias em como as coisas poderiam ser diferentes se tudo aquilo não tivesse acontecido.

Ela sabia que Rodrigo tinha uma menina e que Celia estava grávida do segundo filho do casal. Isso a entristecia, ela não odiava as crianças, afinal elas não tinham culpa do que havia acontecido, não odiava Célia, porque Rodrigo era comprometido e deveria ter respeitado ela, mas por mais que tentasse, não conseguia odiar Rodrigo. O amor que nutria por ele era tão grande que ela seria incapaz de sentir qualquer sentimento ruim.

Ela sentia dor, sentia-se só. E tinha inveja de Célia por ter a vida que ela gostaria que fosse dela. De Rodrigo ela sentia saudade, daquele tipo que a gente só sente quando a pessoa morre. Porque para ela Rodrigo havia morrido. Ele nunca mais poderia ser dela.

Lis até tentava outros relacionamentos, mas não conseguia fazer que durassem. Nenhum deles era capaz de substituir o que ela e Rodrigo haviam vivido. Ela sabia, que no fundo, nada nunca seria igual. Nas histórias românticas as amantes sempre levam a pior e ficam sozinhas, mas desta fez a mocinha é quem estava.

Mas, o mundo costuma girar e colocar cada pessoa em seu lugar, por mais que demore.

***

Rodrigo também não conseguia esquecer Lisbela. Mas cumpria seu papel de pai e esposo. Ela tinha uma paixão enorme por Maria Luísa, sua filha. E agora, por Victor Hugo, seu filho de um mês.

Porém, algo estava errado e quem percebeu isso foi a mãe de Rodrigo. Ela viva levantando dúvidas sobre a aparência de Victor Hugo.

— Rodrigo, olhe para o Victor Hugo! Ele não se parece com a Célia, não se parece com você e nem com ninguém da família. Ele é muito diferente. Não sei não, viu? Se eu fosse você pediria um exame de DNA. Essa sua esposa não é flor que se cheire e eu não confio nela. — Dizia ela.

Rodrigo começou a ficar encucado. Realmente o menino não tinha nenhum traço dos familiares. Mas isso não significava nada, talvez fosse só implicância da mãe dele, que odiava Célia. Mesmo assim, esse assunto o fez perder o sono por tantos dias. Que ele acabou decidindo fazer o exame e tirar a dúvida de vez. Assim a mãe ficaria quieta e ele tranquilo.

Obviamente Célia sentiu-se ofendida e não queria fazer o teste. O que causou ainda mais dúvida na cabeça de Rodrigo. Foram cinco meses até que ele, finalmente conseguisse fazer o exame.

Depois de um tempo saiu o resultado. As mãos de Rodrigo suavam.

Ele abriu o exame. E para a sua decepção, o exame confirmou que ele não era pai de Victor Hugo. Ele voltou para casa revoltado. Célia se defendia, dizia que ele tinha pagado pelo resultado. Ele lhe deu um tapa na cara e disse:

— Deixe de ser sonsa! Eu nunca faria isso. Diferente de você, eu tenho caráter.

— Sonsa!? Sonso é você que há sete anos assumiu dois filhos que não são seus. Você se acha muito esperto, né Rodrigo? Mas você é um burro, um ignorante. Se fosse esperto teria pedido desde o começo o exame de DNA. — retrucou Célia, chorando e gritando para quem quisesse ouvir.

— Não, você não fez isso comigo! A Maria Luísa é minha filha sim, eu sei que é. Você sabia que eu estava noivo, eu perdi tudo que tinha por sua culpa. — Rodrigo respondeu indignado.

Célia só riu. E ele, em momento de fúria ergueu a mão para batê-la. Ela segurou seu braço e disse:

— Vá em frente! Estou louca para arrancar mais dinheiro de você e de quebra ainda te deixaria preso! T-r-o-u-x-a.

Rodrigo conteve-se pegou a chave do carro e foi embora. Alugou um hotel para passar a noite e ligou para sua mãe contando toda a história.

A mãe dele o aconselhou a fazer o exame de DNA da menina também. E foi o que ele fez.

No dia seguinte, sem que Célia soubesse, ele buscou a menina na escola e a levou para a Clínica.

Célia ficou possessa e o proibiu de ver a menina daquele dia em diante. Ele não queria isso, mas Célia deixou claro que ele não era o pai e que ela não permitiria mais a presença dele na vida da criança. Maria Luísa chorou muito abraçada ao pai e Célia a obrigou a entrar no carro e ir embora.

Três meses depois, o exame chegou. Ele abriu e leu o laudo do teste que afirmava que ele também não era o pai de Maria Luísa.

Esse exame mudaria todo o rumo de sua vida.

{Continua}