Em um dia quente de setembro, no finalzinho da tarde, sentei em frente a minha casa e fiquei observando o tempo passar.
Hoje deve ter feito uns 40º C, sensação térmica: abriram as portas do inferno e esqueceram de fechar.
Mas no finalzinho do dia começou a ventar.
Fiquei na frente de casa para poder refrescar um pouco.
Olhei para o céu e para a única árvore que consigo enxergar de lá. O vento batia na árvore de uma forma que quando eu olhava para ela parecia que ela estava o tempo todo me saudando. Achei graça.
Os últimos tempos, têm sido “aqueles tempos”. Sabe “aqueles tempos” que a gente quer que o vento leve embora? Que o tempo passe mais rápido que o Papa-Léguas e, que a gente guarda na gaveta das “memórias indesejáveis”? Pois é.
Essas memórias são aquelas que no futuro a gente diz: “Foi foda, mas superei!”
Mas até chegar no momento de virar só memória eu fico aqui, esperando o tempo passar enquanto aceno para a árvore mais simpática da vizinhança.