Quarta-Feira Criativa (23/03/2016)

Eis que chega ao fim a Quarta-feira Criativa. Quero parabenizar o Lucas e a Juliana pela iniciativa e agradecer por ter permitido que eu participasse, foi um prazer criar todos esses microcontos, foi desafiador escrever em no máximo 1500 caracteres e ao mesmo tempo recompensador. Eu não estava conseguindo escrever esse… Aí a primeira ideia que veio em minha cabeça foi essa história … Espero que gostem!

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Mal dia

Jóice D´Aviz

Chuva, raios e trovões. Um dia perfeito para ficar em casa, assistir a um filme, com um copo de chocolate quente e um cobertor bem quentinho… só que não!

Quem é ou já foi universitário, sabe que as coisas não funcionam assim para a gente. Esses dias são perfeitos para ter aquela matéria difícil, que você precisa de muitos pontos para passar.

Ok, preparando o kit sobrevivência: lanterna, guarda-chuva, uma jaqueta de couro e um coturno.

Lá vou eu para a faculdade, desviando das crateras do asfalto e das poças de lama. Quando eu finalmente termino de organizar meu material a energia acaba. Detalhe: a minha faculdade não tem gerador, o que significa que sem chance de ter aula hoje.

O professor avisa: Cuidado com a escada!

Parece que a mensagem foi para mim: “B-R-U-N-A, cuidado com a escada!”

Procuro, desesperadamente, pela minha lanterna. E surpresa! Esqueci a bendita em casa! Que ótimo!

Todos estão descendo as escadas vagarosamente, quando faltando dois degraus eu escorrego e me esborracho no chão, feito uma jaca.

Todos vem preocupado para me ajudar perguntando se está tudo bem e eu respondo que sim. Então vira um circo e a palhaça sou eu, todos começam a rir. E eu dou risada também, para tentar amenizar o mico que acabei de passar. Ainda bem que estava escuro e ninguém percebeu a minha cara de tacho. Todos repetiam em coro: Só podia ser com a Bruna mesmo!
É, acho que talvez eu deva acrescentar ao meu “kit de sobrevivência uma ferradura, pra ver se começo a ter sorte.

Quarta-Feira Criativa (16/03/2016)

E nessa segunda- feira trago mais uma participação da Quarta-Feira Criativa.

O tema dessa semana foi um dos mais difíceis, porque surgiram muitas inspirações e eu não conseguia escrever dentro do limite dos caracteres estabelecidos. O bom foi que ficaram alguns rascunhos salvos para a posteridade. 🙂

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O Livro do Futuro

Jóice D´Aviz

Na cidade foi anunciado, que quem quisesse descobri sobre o seu futuro era só ir até a “Casa da Cultura”, em um domingo as duas da tarde. Eu, curiosa , resolvi ir lá para ver se era mesmo verdade.

Organizaram um semicírculo e um homem contou uma história, dizendo que quando tinha sete anos havia uma “fonte milagrosa” em sua cidade e que ele foi presenteado com o dom de prever o futuro. Diante disso, ele lançou um livro, que tinha as páginas brancas e a mensagem seria revelada àquele que lesse. Assim, a pessoa que comprasse o livro poderia descobrir o seu futuro mesmo que ele não estivesse por perto. Ele propõe que apontará para qualquer um da “plateia” e o escolhido deverá ler o que é dito sobre o seu futuro.

Todo ficam ansiosos, inclusive eu. Obviamente, temendo que eu seja a escolhida. Então,  aponta para um senhor negro de bengala. Ele entrega o livro na mão dele e diz:

— Leia em voz alta, o que “o livro do futuro”, diz para você.

O homem, com a voz rouca, responde:

— Você foi uma pessoa muito ruim, cometeu muitas atrocidades na vida, matou, traiu, enganou. O que lhe aguarda é triste e irremediável.

Ele aponta para mim e diz:

— Agora é a sua vez!

Torço mentalmente, para que o meu futuro seja bom. Abro o livro de olhos fechados e quando finalmente vou ler e descobrir sobre o meu futuro, ouço uma mulher de voz grossa me chamando.

— Janaína!

Poxa, logo agora! Me enfureço, fecho o livro.

Ouço minha mãe:

— Janaína, acorde! Seu namorado está te chamando.

*Bônus ( a história do escritor do livro, que eu tive que reescrever, para poder finalizar a história, dentro dos 1500 caracteres, mas que eu resolvi não apagar e compartilhar com vocês )

Esse é o relato do “adivinhador do futuro”:

— Meu nome é Ademir, tenho quarenta anos. Quando eu tinha sete, morava em uma pequena cidade e na praça dessa cidade tinha uma fonte. Muitos moradores diziam que presenciaram muitos milagres ali. E eu fui um deles! Eu estava brincando, com a água da fonte, quando de repente vi uma luz. Meu corpo ficou paralisado, por mais que eu tentasse me mover, não conseguia. Ouvi uma voz doce, que me disse para não temer e eu pude ouvir atentamente a tudo que ela me dizia. Quando, finalmente, tudo acabou, eu já não era mais o mesmo. Essa divindade misteriosa havia me presenteado com um dom: de prever o futuro. Eu poderia saber qualquer coisa de qualquer pessoa, só de olhar para ela. E desde então, eu viajo pelo mundo inteiro, mostrando para as pessoas, como será o futuro delas, e, se há alguma forma de mudá-lo. Hoje venho apresentar a vocês, o meu livro. Ele é capaz de mostrar-lhes o futuro, sem que eu esteja por perto. As páginas são brancas e a mensagem só é revelada aquele que ler. Aqui faremos uma “amostra grátis”, do poder deste livro. Eu apontarei algumas pessoas desse círculo e pedirei para que leiam o que o livro lhes diz.

Quarta-Feira Criativa (09/03/2016)

Só para não perder o costume, mais uma vez atrasada. xD

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O Jardim

Jóice D´Aviz

Janaína não havia conhecido sua avó Glória que tinha morrido alguns anos antes de seu nascimento, mas ouvia falar muito dela. A avó dela era filha de uma índia com um francês. Era muito curioso saber que tinha descendência indígena!

O pai contava a Janaína que Glória nunca tinha vivido em uma oca, nem convivido com a tribo de sua mãe, mas que herdou o amor pelos animais e pelas plantas, ela amava plantar, principalmente flores. Ele falava o quanto Glória era adorável e como ela teria amado conhecer a netinha. Isso causava muito dor no coraçãozinho de Janaína, pois ela queria muito ter conhecido a avó.

O pai se entristece com o jeitinho dela e decide levar a família para conhecer a casa onde ele cresceu, para passarem um final de semana lá.

Como chegam a noite, ele precisa levar lâmpadas e colchões, pois a casa está abandonada a muito tempo. A casa é tão grande , e como está vazia , chega a dar medo. A mãe dela organiza os colchões, enquanto o pai instala lâmpadas pela casa. Logo após vão dormir pois está muito tarde.

No dia seguinte, de manhã, a mãe de Janaína pede para que ela abra as janelas da casa. E ela prontamente obedece. Como é uma casa antiga, as janelas são grandes e de madeira,fechadas por uma “tramela” também de madeira. Eis que quando ela abre a grande janela se depara com um enorme jardim, com diversas flores em cores que imitam um grande e lindo arco-íris.  Janaína entende como uma mensagem de boas vindas da avó e seu coração se enche de alegria. ❤

Quarta- feira criativa (24/02/2016)

Mais uma vez atrasada xD

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Carta à Clara

Jóice D´Aviz

Para minha filha , Clara

Minha querida filha, você sempre foi um sonho para mim e para a sua mãe. E quando você veio ao mundo tornou tudo mais iluminado e feliz.

Deus te fez curiosa. Sempre observando e perguntando tudo sobre o que via. Lembro-me de uma vez, quando você tinha 5 anos e me pediu uma lupa de presente de aniversário, eu achei estranho e perguntei: “Mas para que você quer isso de presente, Clarinha?” E você, inocentemente, respondeu que lhe disseram que a lua tinha um monte de buraquinhos e que a lupa poderia ajudá-la a enxergá-los. Expliquei que não seria possível ver a lua tão de perto com uma lupa. Mas você ficou tão tristinha, que acabei te dando um telescópio, lembra? Ah, e como era encantador ver seus olhinhos brilhando ao ver a lua de perto.

Nesses anos, minha filha, tentei fazer o possível para que você se torna-se uma mulher honesta, justa e feliz. E você, nunca me decepcionou. Sei que sou suspeito para falar, mas você se tornou muito mais do que eu imaginava que seria. Você é incrível, bela por dentro e por fora.

Hoje, não posso mais segurá-la em meus braços, nem posso levá-la aquele parquinho que você tanto amava ir. E te balançar no balanço e ver seus cabelos se arrepiarem com o vento. Porém, me contento em vê-la bem, feliz e realizando o seu sonho de se tornar advogada. Boa sorte, meu amor. E em sua profissão, faça a diferença: lute pela justiça de fato, E se quiser um abraço apertado, sabe onde procurar.

De seu pai, que te ama, Leonel.

Quarta- feira Criativa (17/02/2016)

Mais um texto participante da Quarta- Feira Criativa. Espero que gostem. ❤

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Depois da Chuva

Jóice D´Aviz

Elisa estava angustiada aguardando no corredor até que seus “novos pais” viessem lhe buscar. “Como se eles pudessem tomar o lugar dos meus verdadeiros pais!”, pensava ela. Os dois então chegam com um sorriso escancarado. A mulher diz :

— Vamos, Filha!
Depois de uma viagem longa e cansativa chegam até um bairro chique.

— Chegamos! Você irá adorar morar aqui! — diz o homem entusiasmado.

Elisa força um sorriso.
Ela entra desconfiada como um gato que chega a um ambiente desconhecido. Dá passos contados. E observa os móveis, as fotografias emolduradas, uma casa limpa e muito organizada. “Aparentemente não tem o tanto de insetos que tinha lá no orfanato, primeiro ponto positivo. ” pensa ela.
Por distração ela acaba soltando: — Eles nunca substituíram os meus pais, N-U-N-C-A!
Então se assusta, pois percebe que a mulher está a observando:
— Desculpe-me entrar assim sem bater.Posso te afirmar que eu e Matias não queremos substituir os seus pais. Nós só queremos cuidar de você. Nós éramos amigos dos seus pais. E naquele dia horrível também perdemos nossa filha Manoela.
Elisa fala assustada e com os olhos marejados : — A Manu? Então foram vocês os outros dois sobreviventes?
— Sim somos nós. Aquele incêndio terrível no prédio não destruiu só a nossa moradia. Destruiu os nossos sonhos. Quando descobri que você havia sobrevivido, a esperança reacendeu dentro de mim, nós éramos pais sem filha, e você filha sem pais. Era como um arco-íris depois da tempestade.

Quarta- Feira Criativa (10/02/2016)

Só para variar, “a diferentona”, está atrasada. Peço desculpas ao Lucas, mas é que semana passada foi tensa. rs

Espero que gostem da minha participação.

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A mensagem secreta

                                                                                               Jóice D´Aviz

Já fazia um mês que Samuel havia partido. Seu filho João, o único que teve, camuflava sua dor com antidepressivos e com o telefone fora do gancho para que ninguém se “metesse” em sua dor.

Depois de trinta dias ele resolve que, embora não queira, é hora de seguir a sua história. Volta o telefone ao seu lugar e vai para o banheiro tomar um banho de dignidade. Eis que o telefone toca tão insistentemente que o obriga a interromper a ducha para ir atender.

Era Amélia, a síndica do prédio, onde residia o seu pai, ela pedia que ele fosse até o apartamento e retirasse os pertences de Samuel.

João retorna ao banho, faz a barba, veste uma das únicas roupas limpas que tinha em seu guarda roupa e vai para a casa do pai.

Chegando lá, Amélia o recepciona na porta do apartamento.
Ele entra ressabiado, como era estranho entrar ali sem ver o pai.
A síndica oferece caixas, pois percebe que o rapaz não levou nenhuma. Ele aceita. E começa a triste missão de recolher o que era do pai.
Quando estava quase no fim, encontra atrás dos livros um estranho objeto que não lembrava de ter visto antes: Uma pirâmide.
Samuel não era um homem que parecia esconder segredos, mas aquilo não poderia ter caído ali de paraquedas.
João permaneceu ali, sentado, examinando minuciosamente cada detalhe daquele estranho objeto. E então descobre um pequeno botão que abre a parte superior da pirâmide. E lá dentro descobre um bilhete com uma mensagem criptografada: TFNQSF FTUBSFJ DPN WPDF*. Depois de decifrar,sorri.

 

* Sempre estarei com você.

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xoxo ❤

Quarta- Feira Criativa (03/02/16)

Minha participação desta semana na Quarta-Feira Criativa . (clique no link para participar também 🙂

Dos blogs do Palhão e da Juliana.

Vejam os outros posts com a minha participação:

Para toda vida

O desconhecido mascarado

Espero que gostem. :*

Decisões

Jóice D´Aviz

Enquanto escrevia em seu caderno tudo o que gostaria de conquistar nos próximos dez anos, Carolina sonhava com todas as conquistas que a “vida adulta” lhe traria: Com 18 anos um emprego, faculdade e um carro. Com 20 um namorado (e provável pai dos seus futuros filhos) com 25 uma casa grande e uma vida estável.
Os anos passaram e conseguir um namorado foi muito mais fácil do que arrumar um emprego. E sem emprego ficava meio difícil conseguir as outras coisas. Mais uma vez a teoria agradava mais que a prática.
Até que um dia, depois de desistir de procurar emprego eis que aparecem logo dois: um na cidade e outro em uma cidade vizinha, sendo que, a segunda opção, oferecia um salário muito superior a primeira.
Ir para a cidade vizinha seria um grande passo profissional e uma enorme mudança na vida dela: casa nova, novas responsabilidades, hora de “caminhar com os próprios pés.”
Por outro lado, havia Miguel, seu namorado desde os 16 anos. Ela já havia dito que não gostava de namoros a distância e pediu que ela escolhesse ele ou o emprego. Ela teria que decidir entre a razão e a emoção. Ficar na cidade ganhando menos, porém ao lado de seu amado ou escolher o outro emprego, sozinha, na cidade grande?
Como em um jogo os dados seriam lançados e Carolina não poderia voltar atrás e jogá-los novamente.
As horas foram passando, Miguel e ela tinham combinado de ir à uma sorveteria, para contar qual foi a sua decisão.
E ela chorando e com um enorme nó na garganta decidiu… ir.

Quarta-Feira Criativa (27/01/2016)

* Como vocês puderam ver neste post, eu estou participando da Quinta e Quarta Autoral Criativa. Lá do blog da Juliana Lima  e do Lucas (Palhão).

Na semana passada eu tive um bloqueio criativo e não consegui escrever. :/

Então a minha contribuição será “entregue” hoje.  Pedi para o Palhão e ele falou que ainda dava tempo de participar (eeee, #todoscomemoram \õ/).

No próximo post escrevei o dessa semana.

Eu não gostei muito desse não 😦  Mas espero que vocês gostem. 🙂

Beijos e obrigada pelos comentários amáveis. ❤

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Imagem meramente ilustrativa haha

O desconhecido mascarado

               Jóice D´Aviz

Era uma noite de Carnaval comum como todas as outras. Laura sentia-se tão exausta que decide ir embora mais cedo. Causando descontentamento dos amigos.

Ela então vai sozinha e chega a um túnel e ao atravessá-lo esbarra com um mascarado desconhecido. A máscara só permitia que ela visse seus olhos, fitaram-se por um momento.  Ele tinha os olhos cor de mel, os olhos mais lindos que ela havia visto em toda a vida dela.  E curiosamente tinha uma corrente com pingente de ábaco. “Deve ser um intelectual”, pensou ela.

Chegou no apartamento tinha alugado com os amigos, tirou a fantasia, e adormeceu. Sonhou com o mascarado, pediu que ele tirasse a máscara e quando finalmente sua face seria revelada ela acordou com a gritaria dos amigos que acabavam de chegar. Levantou irritada e intrigada por ter sonhado com aquele desconhecido.

Já eram 7 horas da manhã. Os amigos começaram a tirar onda com ela. Que acabou ficando tão brava que decidiu sair um pouco e tomar um ar fresco.

Ela caminhou um pouco, entre o lixo que os foliões porcos usaram para “marcar seus territórios”. Até chegar a um barzinho , o único que achou aberto nas redondezas.

De repente , um homem senta ao seu lado:

— Oi de novo!

Ela olhou desconfiada, pois não o conhecia. Até que percebeu o pingente de ábaco e sorriu.

Os dois se apresentaram  e conversaram por um bom tempo. O feriado estava chegava ao fim e Laura só conseguia olhar para aqueles lindos olhos e calcular quanto tempo ainda teria para beijá-lo.

5ª Autoral: Para toda vida

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Foto de Melina Souza

Este post é a minha contribuição para a “Quinta Autoral Criativa”, vi lá no blog Devaneadora de Ideias, da linda da Mayara. Adorei a ideia e resolvi participar também. E sugiro para quem gosta que participe também. 🙂 

Os idealizadores são a Juliana Lima e o Palhão. Aqui as regras, para quem também quiser participar. 

Para mim foi um desafio, porque é um microconto e eu tenho dificuldade em escrever pouco. Foi um tempão apagando, conferindo e tentando deixar da melhor forma possível. 

Espero que gostem. (y)

Para toda vida

  Jóice D’Aviz

Tic-tac, tic-tac, tic-tac.

Joana dormia, virava e revirava várias vezes. O pequeno relógio, pousado no criado mudo amarelo do lado de sua cama, insistia que estava na hora dela acordar, cada “Tic-Tac” parecia ter o som mais elevado. Até que depois de perceber que não teria mais jeito, ela decidiu levantar.

Foi ao banheiro cambaleando, como um bêbado voltando para casa de madrugada. Sentou – se no vaso sanitário e, ainda com o raciocínio lento, tentou lembrar de tudo que deveria fazer naquele dia. Levanta-se e preparando-se para um novo dia.

Vai até o ponto. E por pouco não perde o ônibus. Estranhamente não tinha muitas pessoas, como Joana foi a última a entrar só sobrou um assento: do lado de um rapaz. Ela se aproximou e perguntou se poderia sentar, ele assentiu que sim com a cabeça e abriu um sorriso tão lindo, que ela sentiu as pernas estremecerem.

Quando Joana se dá conta, ela e Rodrigo (sim esse era o nome dele) , estão conversando como velhos amigos, falando de Livros , de música. De Caetano e de Rimbaud. O tempo de repente resolveu desacelerar enquanto estavam juntos.

Mas nada dura para sempre. E chegou a hora de Joana ir embora. Quando estava quase descendo do ônibus ele gritou, chacoalhando as chaves da casa dela:

— Ei moça, você perdeu as chaves.

Quando ela foi buscar agradeceu e disse :

— Mas que cabeça a minha!

Ele completou sorrindo:

— Agora vai ter que ser para toda vida.