Faz um tempinho vi alguém falando sobre uma música que o Emicida fez chamada “Mãe”. Nessa música tem um trecho que diz: “…Esses dias achei na minha caligrafia a tua letra e as lágrima molha a caneta”. Foi engraçado porque naquela semana, eu tinha escrito, em letra cursiva, uma palavra com S maiúsculo e lembrei da tua letra. É claro que eu me emocionei, porque tudo aquilo que me fez lembrar você mexe com as minhas emoções. Fui procurar a música e achei outros trechos que pareciam ter sidos escritos por mim, destaco mais um que diz assim: “…Em tudo eu via a voz da minha mãe, em tudo eu via nóis.” Sigo ouvindo a sua voz a cada passo que vou dar e tentando inventar um conselho que você daria para aquela situação.
Sabe, mãe. Eu te vejo em tudo, em cada mínimo detalhe do meu dia.
E, mais uma vez, vi alguém citar um trecho da música “As canções que você fez para mim”, da Maria Bethânia, para homenagear um ente querido e vou pegar esse trecho emprestado para te homenagear também, esse trecho bem bonito diz assim: “…É tão difícil olhar o mundo e ver o que ainda existe, pois sem você meu mundo é diferente, minha alegria é triste”. Eu já tinha ouvido essa música algumas vezes, mas a partir desse dia ela passou a ter um significado diferente. O mundo ficou muito mais chato e triste sem você, minha mãe!
Eu poderia citar mais um milhão de músicas que me fazem lembrar de você ou que as letras ganharam um significado diferente depois que você partiu. Isso porque eu gosto muito de ouvir música, uma paixão que herdei de você e do meu pai, porque em nossa casa sempre teve um rádio ligado ou alguém cantarolando pela casa.
Mas para finalizar o meu repertório musical de hoje, termino parafraseando aquela clichê do Nelson Rodrigues que diz: “…Naquela mesa está faltando ela e a saudade dela está doendo em mim.”
E no final, com aquele S maiúsculo, que parece com o seu, escrevo (e sinto) SAUDADE.
Feliz Dia das mães aí no céu, mãe!